Pois é...
E aqui me vejo eu a escrever como se tentasse
compreender o que nos aconteceu.
Porquê?
É que podia ser que arranjasse mais
algum motivo (mais ainda do que todos os que já arranjei), mais alguma
desculpa, para desculpar, para perdoar, para esquecer os sentimentos que tiveste quando
escrevias para outras pessoas, pensando apenas em ti e em ti e em ti e em ti…e
nas outras pessoas, claro.
Ontem estive a ler os textos que estão publicados no blogue do São Rosas.
Pois é...
Chego à conclusão e não apenas por estas palavras
que escrevi agora, que o problema não foi tu escreveres, nem conheceres outras
pessoas ou falares ou corresponder-te com elas.
O problema foi mesmo o que eu
deixei de ser para ti em determinada altura da vida.
No teu
egoísmo sórdido, só a ti te vias, só a ti te vês.
Tudo o que te faça ter que explicar o que quer
que seja, deixa de contar, aborrece-te.
E eu, estúpida,
cega, feliz com a vida, com a minha existência, com os nossos filhos, ocupada
com as minhas e com as tuas responsabilidades, nada vi.
Ou por outro lado, tudo vi
mas o amor que sentia por mim e por ti, não foi suficiente para nós dois.
Efectivamente eu não te bastei. Tu querias mais. Querias saber se era possível mais mulheres sentirem por ti a admiração que eu sentia.
Ou então querias ter a confirmação de que eu era louca, louca por ti, mesmo tu não acreditando que para mim, só tu me bastavas.
Pois é...
Agora tenho dias (como o de hoje, ontem...) em que me encontro numa encruzilhada da vida.
Quero
fugir de tudo como se nada se tivesse passado mas… toda a vida defendi a
verdade…também toda a vida senti e sinto que o passado faz parte das pessoas.
O passado faz parte de nós.
Actualmente...
Se em algum momento sinto que tenho que ser por ti
e por mim, não é só o meu cérebro que se recusa (porque com recusas de cérebros
pode a malta) mas sim e também o meu coração.
E isso é que é grave...porque efectivamente no meu coração o meu cérebro não manda.
Pois é...
Quero focar-me em coisas boas, nas tuas coisas boas...contudo nem sempre permites que seja fácil como parece.
Hoje vieste cedo. Já cá estás. E isso é bom.
Devemos achar que é bom e que não vamos ter mais um conjunto de momentos desperdiçados, sem sentido, sem o sentido de um homem e uma mulher que dizem amar-se e que estão a usufruir do mesmo espaço.
Pois é...
Eu continuo a querer ser feliz contigo, porque de facto te amo.
Partindo do meu princípio de que sou feliz comigo, quero também ser feliz contigo.
Não quero ficar de parte. Na minha vida solitária. Nos meus pensamentos.
Quero sentir-me aconchegada nos teus braços.
Quero que me olhes nos olhos.
Quero sentir-me desejada como mulher.
Sempre.
Sempre.
Sempre.
(Se tiveres alguma coisa para me dizer, diz-me!)